Segunda-feira, 21 de julho de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Política

/

Genial/Quaest: Maioria dos brasileiros enxerga emendas como foco de corrupção

Política

Genial/Quaest: Maioria dos brasileiros enxerga emendas como foco de corrupção

Levantamento mostra desconhecimento sobre o mecanismo e ampla percepção de corrupção no uso dos recursos

Genial/Quaest: Maioria dos brasileiros enxerga emendas como foco de corrupção

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Por: Metro1 no dia 21 de julho de 2025 às 14:22

Atualizado: no dia 21 de julho de 2025 às 17:33

Uma ampla maioria da população brasileira desconfia da forma como os parlamentares usam as emendas ao Orçamento da União, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (21). O levantamento aponta que 82% dos entrevistados acreditam que os recursos são desviados antes de chegar ao destino final, e apenas 9% veem as emendas como investimento real nos municípios.

Para 46% dos brasileiros, deputados e senadores não deveriam ter o poder de indicar o destino de recursos federais via emendas. O modelo, no entanto, é defendido por 38% dos entrevistados. Outros 16% não souberam ou não quiseram opinar.

O desconhecimento sobre o tema também é significativo: 72% afirmaram não saber que os parlamentares controlam anualmente uma quantia bilionária do orçamento público. Apenas 27% demonstraram ter conhecimento sobre o mecanismo.

Em 2025, o montante reservado para as emendas parlamentares é de R$ 50,4 bilhões, cifra superior ao orçamento livre de 30 ministérios.

Previstas na Constituição desde 1988, as emendas passaram a ser de execução obrigatória após uma mudança constitucional em 2015. A alteração ampliou o poder do Congresso sobre o orçamento federal e mudou a dinâmica de negociação entre Legislativo e Executivo.

A pesquisa também mediu a avaliação do Congresso Nacional como um todo: 51% dos entrevistados desaprovam a atuação da Câmara e do Senado, enquanto 42% aprovam e 7% não souberam responder. O levantamento foi feito entre os dias 10 e 14 de julho, com 2.004 pessoas entrevistadas. A margem de erro é de dois pontos percentuais.