
Política
Moraes ordena retirada de deputados em frente ao STF e proíbe acampamentos
Parlamentares protestavam contra restrições ao ex-presidente Jair Bolsonaro

Foto: STF
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a retirada de parlamentares do Partido Liberal que estavam acampados na Praça dos Três Poderes em protesto contra as restrições ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Caso insistissem em continuar no local, o ministro determinou prisão em flagrante, com base na prática de resistência ou desobediência "ao ato de autoridade pública, a fim de garantir a efetividade das probabilidades e a preservação da ordem pública".
Na decisão, da noite de sexta-feira (25), Moraes cita nominalmente os deputados federais Hélio Lopes (PL-RJ), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e Rodrigo da Zaeli (PL-MT) para que fossem retirados do local pela Polícia Militar do Distrito Federal. Os parlamentares Sóstenes Cavalcante e Cabo Gilberto Silva negaram, nas redes sociais, estarem no acampamento em frente ao STF.
Ainda na sexta-feira (25), para protestar, Lopes colocou um esparadrapo na boca, sustentando que a liberdade de expressão está ameaçada no País. O deputado publicou nas redes sociais uma carta aberta em que diz que o Brasil “não é mais uma democracia”. “Não estou aqui para provocar. Estou aqui para demonstrar a minha indignação com essas covardias. Não estou incentivando ninguém a fazer o mesmo”, disse.
Em um complemento à primeira decisão, outra ordem de Moraes, na madrugada deste sábado, proíbe acampamentos em um raio de um quilômetro da praça dos Três Poderes, Esplanada dos Ministérios e em frente a quartéis das Forças Armadas. A decisão, segundo o despacho, foi tomada para garantir a segurança pública e evitar "novos eventos criminosos semelhantes aos atos golpista ocorridos em 8/1/2023".
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