
Política
Gleisi diz que Trump 'devia usar a lei contra Netanyahu', não contra Moraes
Ministra das Relações Institucionais afirma que se o presidente dos EUA quisesse punir o terrorismo, usaria a lei contra “seu parceiro”

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu à aplicação da Lei Magnitsky por Donald Trump contra o ministro Alexandre de Moraes. Para ela, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, é quem deveria receber essa sanção.
“Nenhum país tem o direito de agir como dono do mundo, mas se Trump quisesse mesmo punir o terrorismo, o genocídio e os ataques aos direitos humanos, devia usar a Lei Magnitisky contra seu parceiro Netanyahu, pelo massacre desumano em Gaza“, disse na rede social X.
Gleisi ainda elogiou o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, alvo de Trump por sua atuação no inquérito que mira o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela trama golpista. “O STF atua rigorosamente no devido processo legal: os réus tiveram garantia do contraditório e direito de defesa, que entra agora na fase de alegações finais antes do julgamento. É assim que funciona a Justiça, algo que nem Trump nem Bolsonaro querem aceitar”, completou a ministra.
Na quarta-feira (30) o governo norte-americano anunciou a aplicação da Lei Magnitsky, norma com alcance extraterritorial que visa a punir pessoas envolvidas em atos de corrupção e graves violações de direitos humanos cometidos fora dos Estados Unidos, contra Moraes.
Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “inaceitável” o que considerou ser uma interferência do governo dos Estados Unidos no Poder Judiciário brasileiro. Disse que o Brasil é um país “soberano e democrático”.
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