Política
Conselho Nacional de Direitos Humanos pede à ONU que sanções de Trump contra Moraes sejam suspensas

Ministro do Supremo Tribunal Federal, que será presidente da Corte a partir de setembro, falou durante evento da Fundação Fernando Henrique Cardoso nesta segunda
Foto: Nelson Jr./STF
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta segunda-feira (4), durante evento da Fundação Fernando Henrique Cardoso, que a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes é uma “interferência indevida” e uma “ameaça”, mas que o país não deve se assombrar com “ventos vindos do norte”. Fachin será presidente da Corte a partir de setembro.
Segundo ele, "isso funciona como uma espécie de ameaça". "De qualquer modo, em termos de ameaça, somos de uma geração que já viveu um pouco disso e creio que não vamos nos assombrar com esses ventos que estão vindo do norte, por mais fortes que sejam. Creio que há uma experiência acumulada para a defesa da democracia, do Estado de Direito Democrático e, especialmente, da independência e da autonomia judicial”, disse.
Para Fachin, a sanção dada pelo presidente Donald Trump não é uma medida isolada, e afirmou que outros países estão ameaçados pelo que chamou de uma “pandemia de autoritarismo populista global”. "Eu espero que todos, juntos inclusive, saibam resistir adequadamente a esse tipo de circunstância", acrescentou.
Até o momento, Fachin, Flávio Dino (por meio das suas redes sociais), Gilmar, Barroso e Moraes falaram publicamente sobre a sanção imposta por meio da Lei Magnitsky, todos para criticar a medida. Desde 2016, a norma permite que o governo dos Estados Unidos sancione pessoas pelo mundo que tenham desrespeitado os direitos humanos ou que sejam acusadas de corrupção.
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