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Projetos de blindagem parlamentar avançam após acordo que encerrou motim na Câmara

Política

Projetos de blindagem parlamentar avançam após acordo que encerrou motim na Câmara

Líderes querem restringir ações judiciais contra deputados

Projetos de blindagem parlamentar avançam após acordo que encerrou motim na Câmara

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Por: Metro1 no dia 08 de agosto de 2025 às 10:56

Atualizado: no dia 08 de agosto de 2025 às 11:49

O acordo para o fim do chamado “motim bolsonarista” na Câmara dos Deputados nesta semana tem relação com o avanço da tentativa de blindagem a parlamentares contra o Judiciário. 

A negociação para o fim do motim incluiu o fim do foro privilegiado - isso retiraria os processos contra congressistas do Supremo Tribunal Federal (STF); a necessidade de aval do Legislativo para que um parlamentar seja investigado; e a restrição de prisão de parlamentares apenas em casos de flagrante ou por crime inafiançável.

O acordo foi fechado em uma reunião de líderes do PP, PSD e União Brasil, que se uniram ao PL no gabinete de Arthur Lira (PP-AL). A reunião e a lista de projetos teriam sido fechadas à revelia do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), que é apadrinhado de Lira. As informações são do portal O Meio. 

Segundo a colunista Malu Gaspar, os líderes estão desenhando a estratégia para acelerar a votação desses projetos para a semana que vem. 

Motta tentou se reafirmar como liderança em seu discurso, mas o entendimento é que ele foi o grande derrotado do motim, por não conseguir mostrar habilidade para negociação. “A presidência da Câmara é inegociável. A negociação feita pela retomada (dos trabalhos) não está vinculada a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia prerrogativa com oposição, governo, ninguém”, disse Motta em discurso para reafirmar sua liderança.