Política
Governo Lula veta 63 trechos da PL da Devastação e vai enviar ao Congresso projeto com correções

Líderes querem restringir ações judiciais contra deputados
Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
O acordo para o fim do chamado “motim bolsonarista” na Câmara dos Deputados nesta semana tem relação com o avanço da tentativa de blindagem a parlamentares contra o Judiciário.
A negociação para o fim do motim incluiu o fim do foro privilegiado - isso retiraria os processos contra congressistas do Supremo Tribunal Federal (STF); a necessidade de aval do Legislativo para que um parlamentar seja investigado; e a restrição de prisão de parlamentares apenas em casos de flagrante ou por crime inafiançável.
O acordo foi fechado em uma reunião de líderes do PP, PSD e União Brasil, que se uniram ao PL no gabinete de Arthur Lira (PP-AL). A reunião e a lista de projetos teriam sido fechadas à revelia do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), que é apadrinhado de Lira. As informações são do portal O Meio.
Segundo a colunista Malu Gaspar, os líderes estão desenhando a estratégia para acelerar a votação desses projetos para a semana que vem.
Motta tentou se reafirmar como liderança em seu discurso, mas o entendimento é que ele foi o grande derrotado do motim, por não conseguir mostrar habilidade para negociação. “A presidência da Câmara é inegociável. A negociação feita pela retomada (dos trabalhos) não está vinculada a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia prerrogativa com oposição, governo, ninguém”, disse Motta em discurso para reafirmar sua liderança.
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