
Política
Defesa de Almir Garnier nega participação em plano golpista
Ex-comandante da Marinha pede absolvição e questiona provas apresentadas pela PGR

Foto: Ton Molina/STF
A defesa do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, afirmou que ele não teve envolvimento no suposto plano de golpe de Estado após as eleições de 2022 e solicitou sua absolvição ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Em documento de 86 páginas enviado nesta quarta-feira (13), os advogados contestaram as alegações finais da Procuradoria-Geral da República (PGR), alegando inclusão de fatos não previstos na denúncia original e defendendo que sejam desconsiderados ou que haja reabertura da fase instrutória. Segundo a defesa, não há provas consistentes que liguem Garnier aos atos de 8 de janeiro.
Os advogados também pediram a invalidação da delação premiada de Mauro Cid e a aplicação do princípio da consunção. Em relação à acusação de que Garnier teria colocado tropas à disposição do ex-presidente Jair Bolsonaro e à Operação Formosa, a defesa sustenta que houve “distorção de evidências” e “interpretação enviesada” dos fatos. O documento cita o depoimento de Freire Gomes, ex-comandante do Exército, afirmando que reunião entre Bolsonaro e os comandantes das Forças Armadas não teve resultado prático.
Garnier responde por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado ao patrimônio da União. A entrega das alegações finais marca a última etapa antes de o relator, ministro Alexandre de Moraes, concluir seu voto e liberar o processo para julgamento pela Primeira Turma do STF.
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