
Política
Lula critica cancelamento de visto ligado ao 'Mais Médicos' e apoia fim do bloqueio a Cuba
Programa do Ministério da Saúde visa amplia acesso a médicos em áreas remotas do Brasil

Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quinta-feira (14) a suspensão do visto americano de Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde.
A decisão foi anunciada na quarta-feira pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que classificou o programa Mais Médicos como um "esquema coercitivo de exportação de mão de obra do regime cubano, que explora trabalhadores médicos por meio de trabalho forçado".
Lula também defendeu o fim do embargo econômico dos Estados Unidos contra Cuba. Mozart é reconhecido no governo como o "pai do Mais Médicos", programa criado em 2013 durante o governo Dilma Rousseff para ampliar o acesso a médicos em regiões remotas, com a colaboração de Cuba, que envia profissionais ao Brasil.
O programa foi suspenso no governo de Jair Bolsonaro e retomado por Lula em 2023. Apesar de enfrentar críticas de parte da classe médica no país, a iniciativa já recebeu elogios em relatório da ONU sobre cooperação internacional Sul-Sul na saúde.
"Quero dizer para os companheiros cubanos que o fato de eles cassarem [o visto americano do] Mozart foi por causa de Cuba. Porque tinham ido a Cuba. É importante eles [os americanos] saberem que a nossa relação com Cuba é de respeito. É um povo que está sendo vítima de um bloqueio a 70 anos. Hoje estão passando necessidade. É um bloqueio sem nenhuma razão. Os Estados Unidos fizeram uma guerra e perderam. Aceitem que perderam e deixem os cubanos viverem em paz, deixem viverem a vida. Ele [Donald Trump] não é imperador, gente", afirmou Lula em discurso durante inauguração de uma fábrica da Hemobrás em Goiana, Pernambuco.
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