
Política
"Se depender de nós, tarifaço acaba amanhã", diz Alckmin
Vice-presidente afirmou que negociações com os EUA seguem e anunciou aumento de crédito do BNDES para R$ 40 bilhões

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), declarou neste sábado (23) que o Brasil mantém tratativas com os Estados Unidos para reduzir tarifas sobre mais produtos e que, se depender do governo, o tarifaço “acaba amanhã”.
A declaração foi dada durante visita a uma concessionária em São Paulo, onde Alckmin comemorou os efeitos do IPI zero e o aumento nas vendas de veículos.
Ele ressaltou ainda a exclusão de produtos de aço e alumínio da lista de sobretaxas americanas, que passam a ser enquadrados na Seção 232, com alíquota equivalente à de outros parceiros comerciais, exceto EUA e Reino Unido. “Isso ajuda na competitividade de tudo o que tem aço e alumínio: máquinas, retroescavadeiras, motocicletas, produtos industriais”, afirmou.
O vice-presidente também anunciou a ampliação do plano de apoio a empresas impactadas pelas tarifas. O BNDES elevou de R$ 30 bilhões para R$ 40 bilhões o montante disponível em linhas de crédito. “Vamos atender mais empresas, mesmo aquelas que não exportam tanto”, destacou.
Negociações em andamento
Alckmin afirmou que o diálogo com o governo americano continua e que há possibilidade de ampliar as isenções e reduzir outras alíquotas. “O trabalho é esse: diálogo e negociação. Sempre tem espaço para entendimento”, disse. Questionado sobre possíveis contrapartidas, não descartou a inclusão de combustíveis nas discussões.
Ele mencionou ainda outros temas em negociação com os EUA, como biocombustíveis, minerais estratégicos e o mercado de Cbios, que envolve companhias americanas.
O vice-presidente informou que viajará ao México na próxima terça-feira (27) para reforçar a parceria comercial entre os dois países. Segundo ele, o Brasil mantém superávit com os mexicanos e há potencial para expandir negócios em setores como energia, agroindústria, biocombustíveis e equipamentos médicos.
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