“Empurraremos extremismo para a margem da história”, diz presidente do STF às vésperas do julgamento de Bolsonaro

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o Brasil vai "empurrar o extremismo para a margem da história" e viver novo ciclo de maior ponderação na política em breve. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (1º), em entrevista após palestra na Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ).

"Na democracia, a regra é quem ganha, leva, quem perde não fica despojado dos seus direitos e pode concorrer. O que me preocupa é o extremismo. Acho que em breve nós vamos empurrar o extremismo para a margem da história e teremos uma política em que estarão presentes conservadores, liberais, progressistas, como a vida deve ser", disse.

Segundo o ministro, a história do Brasil é marcada por episódios de quebra de legalidade e, para ele, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que começa nesta terça-feira (2), pode "encerrar os ciclos de atraso no país". "Essa ideia de quem perdeu tenta levar a bola para casa ou mudar as regras é um passado que precisamos enterrar”, completa.

Barroso ficará como presidente do STF apenas esse mês, o plenário elegeu, no dia 13 de agosto, o ministro Edson Fachin para assumir a corte no biênio 2025-2027, que será empossado no dia 29 de setembro.