
Política
PP e União Brasil dão prazo de 30 dias para ministros deixarem governo Lula
Medida atinge André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo); Federação também vai apoiar projeto de anistia a Bolsonaro

Foto: Pablo Valadares/Elaine Menke/Câmara do Deputados
O PP e o União Brasil decidiram nesta terça-feira (2) dar um prazo de 30 dias para que ministros filiados às duas siglas deixem o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A determinação atinge André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo), que pretendiam permanecer nos cargos até abril, mas foram convencidos a antecipar a saída.
A decisão foi tomada pela cúpula da federação União Progressista, formada recentemente pelos dois partidos, e confirmada por lideranças das legendas. Apesar do desembarque, há acordo para que permaneçam nos ministérios Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico de Siqueira Filho (Comunicações), apadrinhados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), além de indicações em cargos estratégicos como a presidência da Caixa Econômica Federal e da Codevasf.
Durante a reunião, os dirigentes também decidiram apoiar um projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a outros envolvidos nos ataques golpistas de 8 de Janeiro. A proposta, segundo interlocutores, prevê uma anistia ampla, mas manteria a inelegibilidade de Bolsonaro.
O movimento ocorre uma semana após Lula cobrar fidelidade de ministros ligados ao centrão e sugerir que deixassem o governo se não se sentissem confortáveis em defendê-lo. A pressão interna pela saída já era defendida por Ciro Nogueira (PP) e Antonio Rueda (União Brasil), presidentes das siglas, mas encontrava resistência de aliados que não queriam abrir mão de espaços no governo. Além dos ministérios, os partidos têm apadrinhados em cargos federais nos estados.
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