Valdemar Costa Neto admite planejamento de golpe, mas nega crime e critica 8 de janeiro

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que houve “planejamento de golpe” de Estado no Brasil, mas disse que isso não configura crime, pois o plano não foi executado. Durante evento no interior de São Paulo, ele classificou os atos de 8 de janeiro de 2023 como “bagunça”, negando que tenham sido uma tentativa real de golpe. “O grande problema nosso é que teve aquela bagunça no 8 de Janeiro e o Supremo diz que aquilo foi golpe”, afirmou, sugerindo ainda que o PT teria organizado os atos.

Costa Neto defendeu um projeto de anistia e destacou que a prioridade da oposição para 2026 é eleger ao menos 45 senadores. Segundo ele, uma união entre Bolsonaro e governadores como Romeu Zema, Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e Ratinho Júnior garantiria vitória nas próximas eleições. Para Valdemar, apenas Bolsonaro, Tarcísio e Michelle Bolsonaro teriam chances reais de vencer o presidente Lula, e caberá ao ex-presidente definir os nomes da chapa.

As declarações ocorrem poucos dias após o Supremo Tribunal Federal condenar Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe, entre outros crimes. A Corte também condenou ex-ministros como Braga Netto, Anderson Torres e Augusto Heleno, além de aliados como Mauro Cid, Almir Garnier e o deputado Alexandre Ramagem. Para os ministros, há provas robustas do envolvimento de Bolsonaro e sua cúpula na articulação golpista.