União Brasil afasta Celso Sabino da direção partidária e abre caminho para expulsão

A direção nacional do União Brasil decidiu nesta quarta-feira (8) afastar preliminarmente o ministro do Turismo, Celso Sabino, das funções que exercia na cúpula do partido. A medida, tomada em reunião da Executiva Nacional, vale até a conclusão de um processo interno que pode resultar na expulsão definitiva do ministro em até 60 dias.

Atualmente, Sabino integra o diretório e a executiva nacional da legenda. Com o afastamento, ele perde o direito de participar das decisões partidárias.

O processo contra o ministro foi aberto no último dia 30 e o acusa de desrespeitar a orientação do partido para que filiados deixassem cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, a direção nacional decidiu intervir no diretório do União Brasil no Pará, comandado por Sabino, que também será substituído na gestão local.

Sabino resiste à pressão 

Mesmo após anunciar publicamente que deixaria o cargo, Sabino permaneceu no ministério e participou de eventos com Lula em Belém (PA), onde declarou apoio ao petista. Nesta quarta, ele criticou o partido, afirmando que o União Brasil tem tomado “decisões equivocadas e açodadas”, mas disse confiar em um “diálogo” com o Conselho de Ética.

O ministro também ironizou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), um dos vice-presidentes da legenda e seu principal crítico. “Quando ele atingir 1,5% nas pesquisas, eu respondo ele”, disse.

Sabino afirmou que continuará à frente do Ministério do Turismo, com apoio do presidente Lula e da bancada paraense, e que pretende disputar o Senado nas eleições de 2026.

André Fufuca afastado 

Mais cedo, o Progressistas (PP) também afastou o ministro dos Esportes, André Fufuca, de todas as funções partidárias por descumprir a mesma orientação. Em nota, o presidente do PP, Ciro Nogueira, anunciou ainda intervenção no diretório do Maranhão, comandado por Fufuca, e reiterou que o partido “não faz e não fará parte do atual governo”.