Moraes pede julgamento do núcleo 2 da trama golpista; grupo é acusado de coordenar ações da organização

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou nesta segunda-feira (13) que o presidente da Primeira Turma da Corte, ministro Flávio Dino, agende o julgamento do chamado núcleo 2 da trama golpista. Esse grupo, formado por seis réus, é acusado de comandar e gerenciar as ações da organização criminosa. É o único dos quatro núcleos que ainda não tem data marcada para julgamento.

Enquanto isso, o STF julga nesta e na próxima semana os réus do núcleo 4, responsável por disseminar desinformação sobre o sistema eleitoral. O núcleo 3, conhecido como "kids pretos", será julgado a partir de 11 de novembro. Já o núcleo 1 que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o primeiro a ser julgado. Todos os réus foram condenados, e a pena mais alta, de 27 anos e 3 meses de prisão, foi atribuída a Bolsonaro. As defesas agora aguardam a publicação do acórdão para recorrer.

Os réus do núcleo 2 apresentaram no sábado (11) suas alegações finais  última etapa antes do julgamento. Os advogados de Filipe Martins e Marcelo Câmara haviam perdido o prazo inicial, e o ministro Moraes chegou a destituí-los por litigância de má-fé. No entanto, voltou atrás e concedeu novo prazo de 24 horas. Nas alegações, as defesas pedem absolvição de todos os crimes, além de levantar questões preliminares como o suposto impedimento de Moraes por falta de imparcialidade, a incompetência do STF para julgar o caso e a anulação do processo por cerceamento de defesa.