
Política
PGR reforça pedido de condenação de réus do “núcleo da desinformação”
Grupo é acusado de atuar para manter Bolsonaro no poder com disseminação de fake news e tentativa de golpe

Foto: Pedro França/Agência Senado
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, reiterou nesta terça-feira (14) o pedido de condenação dos sete réus do chamado “núcleo da desinformação”, parte da trama golpista que buscava impedir a posse de Lula (PT) após as eleições de 2022. O julgamento no STF começou às 9h10, com os integrantes do núcleo 4 sendo acusados de atuar como central de contrainteligência da organização criminosa. A PGR destacou que o grupo deixou explícito o intento golpista ao difundir ataques virtuais e desinformação, especialmente após a derrota de Jair Bolsonaro (PL).
Os réus respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio público. Para Gonet, todos devem ser responsabilizados pela totalidade dos atos ilícitos, já que atuaram de forma concreta e dolosa para alcançar os objetivos golpistas. A denúncia reforça que as ações do grupo foram decisivas para alimentar a narrativa de fraude eleitoral e enfraquecer a confiança nas instituições democráticas.
Entre os acusados estão militares da reserva e da ativa, além de um agente da Polícia Federal, todos ligados direta ou indiretamente ao entorno de Bolsonaro. O grupo inclui nomes como o major Ailton Barros, considerado elo com as milícias digitais; Ângelo Denicoli, ligado ao marqueteiro de Javier Milei; Carlos Moretzsohn, que produziu relatório contestando as urnas; e Reginaldo Abreu, investigado por planejar atentados contra autoridades. Segundo a PGR, o núcleo 4 foi central na tentativa de desestabilizar o processo eleitoral e institucional do país.
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