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Moraes determina preservação integral das provas da megaoperação no Rio

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Moraes determina preservação integral das provas da megaoperação no Rio

Ministro do STF determina documentação completa e acesso à perícia pela Defensoria

Moraes determina preservação integral das provas da megaoperação no Rio

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 02 de novembro de 2025 às 14:30

Atualizado: no dia 02 de novembro de 2025 às 14:34

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a preservação e registro minucioso de todos os elementos materiais relacionados à megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro, que resultou em cerca de 121 mortes.

De acordo com a decisão, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro deverá ter acesso irrestrito aos materiais periciais. A medida atende a um pedido da Defensoria Pública da União (DPU), que havia solicitado ao STF a garantia de conservação integral das provas, a fim de possibilitar a produção de contraprovas.

A DPU também pleiteou que as análises periciais sejam acompanhadas por técnicos e especialistas, argumentando que tal acompanhamento é essencial para assegurar a transparência e credibilidade da coleta de evidências.

Moraes também determinou a realização de uma audiência conjunta em 5 de novembro, às 10h, na sala da Primeira Turma do STF, para discutir as providências relacionadas ao caso.

Foram convidadas a participar diversas organizações da sociedade civil e de defesa dos direitos humanos, entre elas:

  • Conselho Nacional de Direitos Humanos;
  • Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj;
  • Instituto Anjos da Liberdade;
  • Conectas Direitos Humanos;
  • Redes da Maré;
  • Educafro;
  • Justiça Global;
  • Instituto de Estudos da Religião (ISER);
  • Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência;
  • Coletivos Fala Akari e Papo Reto;
  • Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial;
  • Movimento Negro Unificado (MNU);
  • CEJIL;
  • LADIH/UFRJ;
  • NAJUP Luiza Mahin;
  • Instituto de Defesa da População Negra (IDPN);
  • Movimento Mães de Manguinhos;
  • Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (IARA).


As entidades deverão indicar seus representantes ao gabinete do ministro até as 15h da próxima terça-feira (4).

Na mesma decisão, Moraes negou o pedido da DPU para participar da audiência agendada para o dia 3 de novembro, destinada à oitiva do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).

Além do governador, deverão comparecer o secretário de Segurança Pública, o comandante da Polícia Militar, o delegado-geral da Polícia Civil e o diretor da Superintendência-Geral de Polícia Técnico-Científica, todos convocados para prestar esclarecimentos sobre a operação.