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Lula defende investigação paralela sobre operação que deixou 121 mortos no Rio

Política

Lula defende investigação paralela sobre operação que deixou 121 mortos no Rio

Presidente disse que decisão judicial previa prisões, não “matança”, e quer participação da PF nas apurações

Lula defende investigação paralela sobre operação que deixou 121 mortos no Rio

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Por: Metro1 no dia 04 de novembro de 2025 às 14:15

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (4) que o governo pretende pressionar pela realização de uma investigação paralela sobre a operação policial que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro na semana passada, incluindo quatro agentes.

“Vamos ver se a gente consegue fazer essa investigação. Porque a decisão do juiz era uma ordem de prisão, não tinha uma ordem de matança, e houve matança”, disse Lula em entrevista a agências internacionais, durante viagem a Belém (PA).

A operação, realizada no último dia 28 pelo governo do Rio, mirou o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, e foi a mais letal da história do estado. Lula explicou que o governo articula para que peritos da Polícia Federal participem das investigações sobre as mortes. O Supremo Tribunal Federal (STF) fará uma audiência nesta quarta-feira (5) para tratar do caso.

No dia seguinte à ação, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou que a operação “foi um sucesso” e que as únicas vítimas foram os quatro policiais mortos nos confrontos.

Lula, no entanto, avaliou que a operação “foi desastrosa” do ponto de vista da atuação do Estado. A situação provocou mobilização no governo federal, com os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Macaé Evaristo (Direitos Humanos) e Anielle Franco (Igualdade Racial) indo ao Rio para se reunir com o governador.

No domingo (2), o ministro Alexandre de Moraes determinou que o governo do Rio preserve todos os elementos materiais da operação, como perícias e cadeias de custódia, para garantir o controle e a averiguação pelo Ministério Público. O acesso também deverá ser assegurado à Defensoria Pública do Estado.