
Política
Brasil busca cooperação com os EUA para combater lavagem de dinheiro e entrada ilegal de armas
Haddad afirma que crime organizado usa fundos em Delaware e importa armamentos americanos de forma clandestina

Foto: Ministério da Fazenda/Reprodução
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o Brasil quer firmar uma frente de trabalho com o governo dos Estados Unidos para combater mecanismos financeiros utilizados pelo crime organizado e a entrada ilegal de armas americanas no país. Segundo ele, grupos criminosos têm usado fundos de investimento nos EUA, especialmente no estado de Delaware, considerado um paraíso fiscal, para lavar dinheiro, além de importar armamentos de origem americana em contêineres com cargas legalmente declaradas. As informações são da CNN.
Haddad explicou que o primeiro passo será apresentar às autoridades americanas evidências de como esses fundos estão sendo utilizados, além de fotos e vídeos que comprovam a chegada das armas ao Brasil. “São dezenas de empresas e fundos que estão sendo abertos lá, fora do Brasil. Você faz um empréstimo para esses fundos, e voltam na forma de aplicação lícita em atividades econômicas do Brasil. Mas o dinheiro que vai para lá não é lícito”, afirmou. Um relatório da Receita Federal está em elaboração para ser enviado aos EUA.
As declarações foram dadas após o MPSP realizar, nesta quinta-feira (27), a Operação Poço de Lobato contra o Grupo Refit, suspeito de causar prejuízo de R$ 26 bilhões aos cofres públicos. A ação tem como alvo 190 empresas e pessoas investigadas por integrar organização criminosa e praticar crimes contra a ordem econômica, tributária e lavagem de dinheiro.
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