
Política
Quem bate em mulher não precisa votar em mim, afirma Lula
Declaração ocorreu nesta quarta-feira (3) durante passagem pelo Ceará

Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (3) que “quem bate em mulher” não precisa votar nele e anunciou seu apoio a uma campanha nacional contra a violência contra mulheres. Em entrevista à uma rede televisa o petista destacou que os homens precisam se educar e tratar as mulheres com respeito, propondo a criação de um “movimento dos homens de bem” contra o feminicídio.
"Nós homens vamos ter que criar juízo, criar vergonha, nos educar e ao invés de ser violência contra a mulher, tratá-las com respeito", afirmou.
As declarações ocorrem em meio a uma série de casos de repercussão nacional. Em São Paulo, entre janeiro e outubro deste ano, foram registrados 53 casos de feminicídio, o maior número desde o início da série histórica em 2015. Lula se emocionou ao comentar os recentes episódios e questionou a racionalidade de tanta violência, destacando a indignação dentro e fora do governo, inclusive da primeira-dama, Janja da Silva.
Janja também defendeu a participação dos homens na luta contra o feminicídio e criticou a necessidade de que mulheres tenham que pedir para não serem assassinadas. “É inadmissível que tenhamos que, em 2025, falar coisas óbvias como ‘por favor, não nos matem’. Mas coisas óbvias também precisam ser ditas, infelizmente”, disse a primeira-dama.
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