Lula defende fim da escala 6x1 e cobra medidas contra o feminicídio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta quinta-feira (4) que o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (Conselhão) discuta a redução da jornada de trabalho no Brasil e defenda o fim da escala 6 por 1. Lula argumentou que os avanços tecnológicos aumentaram a produtividade, mas não resultaram em melhores condições para os trabalhadores.

Ele citou o exemplo da Volkswagen, que hoje produz mais do que no passado com um número muito menor de funcionários, para questionar por que a jornada não foi reduzida. Lula defendeu a mudança de 44 para 40 horas semanais e afirmou que a medida não traria prejuízos, lembrando que vários países já adotaram modelos semelhantes.

Uma PEC que extingue a escala 6 por 1 está em análise no Congresso. Lula pediu que o Conselhão trate do tema nas próximas reuniões e afirmou que, se houver recomendação do grupo, irá acelerar a mudança. O Conselhão reúne empresários, sindicalistas, pesquisadores, artistas e representantes de movimentos sociais.

Lula sugeriu também que o Conselhão proponha também nos próximos encontros formas mais eficientes de combate a crimes de feminicídio e de pedofilia. “Precisamos de uma proposta mais contundente, para que as pessoas que matam mulher ou praticam pedofilia não sejam tratados normalmente. Precisam de algo mais duro para essa gente que pratica esse tipo de crime”, disse.