
Política
Lula afirma ter dito a Trump que América Latina “não pode ser palco de guerra”
Em ligação de 40 minutos, presidente defende diálogo e critica tensão entre EUA e Venezuela

Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta quinta-feira (11), que reiterou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma conversa telefônica recente, a posição brasileira contra qualquer possibilidade de conflito armado na região latino-americana. Segundo Lula, a mensagem foi direta: “Eu disse ao Trump que nós não queremos guerra na América Latina. Somos uma zona de paz”.
O Planalto informou que o telefonema, que durou cerca de 40 minutos, abordou temas como o pacote de tarifas imposto pelos Estados Unidos e ações conjuntas de combate ao crime organizado. A ligação ocorreu em um momento de escalada das tensões entre Washington e o governo de Nicolás Maduro, intensificadas desde agosto.
A crise ganhou novo capítulo após Trump enviar porta-aviões, caças e navios militares ao Caribe sob o pretexto de reforçar o combate ao narcotráfico. A movimentação, no entanto, foi interpretada internacionalmente como um gesto de pressão sobre Caracas.
Lula tem defendido que os EUA priorizem a cooperação policial e o diálogo institucional com países da região para evitar instabilidade. O presidente alertou ainda que, “se o mundo virar uma terra sem lei, tudo ficará mais difícil”.
Além do contato com Trump, Lula conversou na semana passada com Nicolás Maduro sobre a necessidade de preservar a paz na América do Sul e no Caribe. A ligação, que não constava na agenda oficial, foi confirmada posteriormente pelo governo e descrita como um “telefonema rápido, acertado entre as duas partes”.
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