A líder do PSOL na Câmara, deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), teve a escolta da Polícia Legislativa Federal retirada por decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). A medida, adotada sem aviso prévio, ocorreu apesar de inquéritos de ameaças de morte ainda em curso na Polícia Federal e na Polícia Civil. As informações são do blog de Andreia Sadi no g1.
Talíria afirma que a suspensão da proteção ocorreu no dia seguinte a um pronunciamento no plenário e após sua atuação para barrar a cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) e se posicionar contra o chamado PL da Dosimetria.
Ao g1, a deputada afirmou que a justificativa apresentada envolveu supostos problemas de conduta pessoal, como frequentar locais com aglomeração, argumento que ela classifica como contraditório e absurdo. Sem a escolta oficial, a parlamentar contratou segurança privada com recursos próprios para cumprir agenda no Rio de Janeiro e afirmou que a decisão colocou em risco sua integridade física e a de seus dois filhos.
A retirada da escolta foi formalizada em despacho assinado em 8 de dezembro, com base no Ato da Mesa nº 213/2025, que previa prazo para a proteção e condicionava sua manutenção à permanência dos motivos que a justificaram.
Segundo o documento, informações da Polícia Federal e do Ministério Público estadual indicaram a insubsistência desses motivos, determinando a suspensão a partir de 11 de dezembro. O despacho ressalta que a medida não é definitiva e prevê a possibilidade de nova autorização, caso os requisitos sejam novamente atendidos. Até a publicação, a assessoria de Hugo Motta não havia se manifestado.



