
Política
PF diz que Ramagem deixou o Brasil clandestinamente e investiga rede de apoio
Segundo o diretor-geral Andrei Rodrigues, deputado saiu pela fronteira com a Guiana sem registro migratório e embarcou para os EUA

Foto: Gustavo Moreno/STF
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta segunda-feira que o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) deixou o Brasil de forma clandestina, sem passar por qualquer posto de controle migratório. De acordo com a PF, o parlamentar utilizou uma rota terrestre até a Guiana e, de lá, embarcou para os Estados Unidos.
Segundo Rodrigues, as investigações apontam que Ramagem saiu do país pela fronteira norte, atravessando ilegalmente o território brasileiro até a Guiana. Em seguida, partiu do aeroporto de Georgetown com destino a Miami. A Polícia Federal agora apura a atuação de um grupo que teria facilitado a evasão do deputado.
“A rota foi identificada. Ele saiu clandestinamente do Brasil, sem registro migratório, seguiu para a Guiana e embarcou de Georgetown para Miami. A investigação avança para identificar eventuais envolvidos e as circunstâncias dessa saída”, declarou o diretor-geral.
De acordo com informações publicadas pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, Ramagem chegou a Boa Vista na noite de 9 de setembro, data em que Alexandre de Moraes leu o voto pela condenação dos réus do núcleo central da trama golpista. No dia seguinte, ele já estava na Guiana e, em 11 de setembro, embarcou em um voo direto de Georgetown para Miami.
Nos Estados Unidos, Ramagem teria ingressado com passaporte diplomático de parlamentar e permanece no país com a esposa e as filhas.
A fuga foi descoberta quando investigadores da PF checavam a situação dos condenados do núcleo considerado crucial do plano golpista. Entre eles estão Jair Bolsonaro, os generais Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira, o almirante Almir Garnier e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Todos permanecem no Brasil e cumprem as penas impostas pela Justiça.
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