
Política
Governador defende reforma política e diz que criar partido “virou negócio”
Para Rui Costa, a quantidade de partidos registrados no país prejudica a democracia e as decisões de governo e os próprios brasileiro podem se tornar a peça chave para barrar esse tipo de negociação política, evitando a velha prática de compra de votos. [Leia mais...]

Foto: Tácio Moreira / Metropress
Recentemente, em entrevista à Rádio Metrópole, o ex-governador da Bahia e ex-ministro do governo Dilma, Jaques Wagner (PT) classificou a criação de novos partidos como “cooperativa de deputados”. Na mesma linha, o governador Rui Costa (PT), criticou, também na Rádio Metrópole, nesta sexta-feira (03), a quantidade de partidos registrados no país, que segundo ele, prejudica a democracia e as decisões de governo, já que, a criação de novas legendas só beneficia os políticos e prejudica a população.
"O PT está avaliado seus acertos e erros e temos que reconhecer. Um dos erros que cometemos foi nos dois governos Lula, onde tínhamos uma força popular grande e deveríamos ter feito uma grande reforma política no pais. Não existe um país ter 29 agremiações partidárias com representação no Congresso. Só de partido vamos para mais de 40, fazendo chantagem com o poder público. Virou um grande negócio abrir partido político no Brasil, porque se abre um partido no Brasil e no dia seguinte está se ganhando dinheiro do fundo partidário e tempinho de TV. Então, o povo precisa saber disso, isso precisa ter um basta. O tempo tem que ser do candidato e do vice e acabou, porque aí acaba a chantagem e negociação", disse o governador.
Para Rui Costa, os próprios brasileiro podem se tornar a peça chave para barrar esse tipo de negociação política, evitando a velha prática de compra de votos. "Depende muito da população. Muitos dos deputados representam a prática política na eleição. Eventualmente as chamadas lideranças prometem os votos e dizem quanto custa. Depois os votos aparecem e o deputado não pisou os pés nos municípios. O povo precisa ter rigor maior na hora de escolher. Quando o voto é transformado em mercadoria, é vendido por um preço alto. Quem compra um voto por meia dúzia de blocos, lá em cima vende por milhões. Eu sou daqueles que acha que quem faz o pais é seu povo, não necessariamente seus representantes. Vejo gente criticar a corrupção e dar jeitinho no trânsito, nas filas.. em tudo. Corrupção não existe pequena nem grande, existe corrupção", finalizou o petista.
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