Lídice comenta pedido de prisão de Renan, Jucá, Sarney e Cunha: “Gravíssimo”

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) disse que está preocupada com a situação da política brasileira. Em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã desta terça-feira (7), ela afirmou que a crise se instalou de vez no Senado com o pedido de prisão dos senadores Renan Calheiros, José Sarney, Romero Jucá e do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha.

“Começou na Câmara com a indicação, denúncia sobre o presidente da Câmara, e chega ao Senado. O Senado é uma casa com apenas 81 senadores, esses são a cúpula do PMDB e do Senado. Essas denúncias, já se falou mais alguns nomes no Senado, que dão conta de 5, 6 senadores envolvidos. Abala muito a casa, e vai exigir muito de nós pra encontrar uma saída”, analisou. 

“Imagine essa possibilidade de prisão de um senador no exercício da presidência do Congresso e do Senado. É gravíssimo. Devemos hoje ter reuniões paralelas, e depois ir conversar com o presidente pra ver como ele se coloca. É um costume do Senado, quando há acusação se faz reunião com líderes e, no caso de ter a importância de Renan, vai ter que justificar. A partir daí, se vê o que vai acontecer. Essa crise pra mim significa aquilo que a gente já dizia antes, o impeachment da presidente não parou a crise, nem econômica, nem política”, completou. 

Segundo Lídice, as gravações de Romero Jucá, deixam claro toda a articulação para a crise acontecer. “Para o impedimento acontecer também. Aliás, o pedido de prisão é resultado dessas gravações. A crise política só se agrava. O caminho não é outro, senão criarmos um grande debate da nação para convocarmos novas eleições para presidente. Agora, com a votação no Senado, o caminho mais rápido e correto seria Dilma retornar e assumir um compromisso com o Congresso, com o povo brasileiro de convocar novas eleições. Pode convocar um plebiscito. Acho que certamente a tese de novas eleições tem a simpatia popular, e a crise no Brasil é grave, porque é uma crise de confiança nos políticos, nas instituições. É preciso encontrar novas saídas.”, destacou.