
Política
"Doações para minha campanha foram dentro da legalidade", afirma deputado
Gravações vazadas relacionadas à Operação Lava Jato têm complicado a vida de alguns políticos por comprovar envolvimento em esquema de corrupção. No começo deste ano, foi a vez do deputado federal Jutahy Magalhães Júnior (PSDB). [Leia mais...]

Foto: Tácio Moreira / Metropress
Gravações vazadas relacionadas à Operação Lava Jato têm complicado a vida de alguns políticos por comprovar envolvimento em esquema de corrupção. No começo deste ano, foi a vez do deputado federal Jutahy Magalhães Júnior (PSDB). Nas conversas, o baiano fazia pedidos de doações ao ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro. Questionado pelo apresentador José Eduardo, na manhã desta segunda-feira (13), se existe "caixa dois" em campanha política, Jutahy disse que o assunto "confunde muita gente".
"Existem doações legais, que é o meu caso, podia ter doação de pessoa física e jurídica. Você procurava as pessoas pedindo ajuda para a campanha, a pessoa física só podia doar 10% da renda, as pessoas jurídicas tâm cadastro dizendo quais empresas poderiam doar. Tem empresas de cigarro para doar, por exemplo, mas eu não recebo, porque faço campanha contra o tabaco. Existe também a doação legal, mas fruto de propina, como tem muitas na Lava Jato, a pessoa recebe, mas com contrapartida de propina e tem a própria propina. Há uma mistura geral. Eu garanto que as doações para minha campanha foram dentro da legalidade", afirmou em entrevista à Rádio Metrópole.
Segundo o político, ele não tem a lista completa de deputados que receberam verba da OAS, mas que cerca de R$ 270 mil foram outros deputados, entre quatro ou cinco candidatos e R$ 30 mil para a campanha de Jutahy.
"Quero dizer que os deputados que receberam não tiveram nenhum contato com ele. Esse dinheiro foi combinado com a OAS para minha campanha e de outros candidatos, eu que combinei esse valor. Eu fiz o contato direto, entre abril - maio - junho e procuro esses possíveis doadores para saber se eles poderiam doar para minha campanha. Pergunto qual o valor e os prazos para a gene fazer os compromissos de despesas. Então, diante do compromisso, as pessoas dizem se podem ou não ajudar, a pessoa julga se quer, minhas doações são voluntárias, não existem contra partidas. A gente tem que separar o interesse legítimo, do interesse safado, descarado. Minha mãe tem interesse de votar comigo, com medo que eu fique depressivo, desempregado, etc".
O deputado ainda disse que todas as doações dele são registradas, inclusive essa em questão. "Basta ver lá os 300 mil para os partidos. Eu posso dizer que fiquei chateado, porque eu fiz tudo certo, as pessoas que me conhecem sabe que eu fiz a campanha legal, mas isso dá argumentos para adversários, agora isso e gera polêmica. Eu tenho a tranquilidade e serenidade que tudo vai ser mostrado, que tudo está correto. Quando eu entrei na política eu entrei novo, meu avô me disse que eu só entrasse na política se aguentasse pancada e tivesse o coração bom. Minha vida segue, continua normal, sou advogado e sei que uma coisa dessa tem que provar".
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