
Política
Lava Jato: ex-ministro Paulo Bernardo é preso pela Polícia Federal em Brasília
O ex-ministro ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no primeiro governo Dilma, Paulo Bernardo, foi preso nesta quinta-feira (23) em um desmembramento da 18ª fase da Operação Lava Jato, em Brasília. A operação foi batizada de "Custo Brasil" e cumpre 65 mandados judiciais em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal. [Leia mais...]

Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
O ex-ministro ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no primeiro governo Dilma, Paulo Bernardo, foi preso nesta quinta-feira (23) em um desmembramento da 18ª fase da Operação Lava Jato, em Brasília. A operação foi batizada de "Custo Brasil" e cumpre 65 mandados judiciais em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, além do Distrito Federal. Do total, 11 mandados são de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva, quando a pessoa é levada a prestar depoimento. Um dos mandados de busca está sendo cumprido na casa da da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), no bairro Água Verde, em Curitiba. Ela é esposa de Paulo Bernardo. Policiais federais também estão na sede do PT no Centro de São Paulo.
Gleisi Hoffmann e o marido foram indiciados pela PF na conclusão do inquérito sobre as suspeitas de que dinheiro desviado da Petrobras abasteceu, em 2010, a campanha ao Senado da parlamentar. A campanha da senadora teria recebido R$ 1 milhão em propina. No entanto, a defesa do ex-ministro disse que desconhece as razões da prisão, e que estranha, já que Paulo Bernardo sempre se colocou à disposição das autoridades. De acordo com a Polícia Federal, há indícios suficientes contra Gleisi e o ex-ministro Paulo Bernardo, por suposto envolvimento em crime de corrupção. As conclusões da Polícia Federal foram anexadas ao inquérito 3979, que tramita no Supremo Tribunal Federal, na Operação Lava Jato.
Um novo delator, Antônio Carlos Pieruccini, informou que transportou o dinheiro, em espécie, de São Paulo para Curitiba em quatro viagens e que entregou a quantia para Ernesto Kugler, empresário que seria próximo de Gleisi. Segundo a PF, as entregas ocorreram na casa de Kugler e em empresas das quais ele é sócio. As investigações também apontaram que o empresário e o então tesoureiro da campanha de Gleisi, Ronaldo da Silva Baltazar, se falaram por telefone pelo menos 25 vezes. De acordo com o relatório divulgado, o suposto pedido de dinheiro para a campanha de Gleisi teria sido feito ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, quando Paulo Bernardo era ministro do Planejamento do governo Lula e só porque o ex-ministro teria conhecimento do esquema de desvios na Petrobras.
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