Política
Senadora diz que ação da PF em sua casa teve intenção de 'constranger'
Em discurso na tribuna do Senado Federal nesta segunda-feira (27), a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) comentou a prisão de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, durante a operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato. [Leia mais...]
Foto: Beto Barata/Agência Senado
Em discurso na tribuna do Senado Federal nesta segunda-feira (27), a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) comentou a prisão de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, durante a operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato. Segundo ela, a ação dos policiais federais em sua residência para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão teve "a clara intenção de constranger".
"O cerco policial, por terra e ar, de nossa casa e a ordem judicial para entrar em nosso apartamento teve a clara intenção de constranger, não só a mim, mas a todos os moradores, como se a intenção principal fosse mostrar sua onipotência contra cidadãos desarmados", disse a senadora.
Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento e das Comunicações, é suspeito de ter se beneficiado da contratação da empresa Consist, que cobrava mais do que devia e repassava 70% do seu faturamento para o PT e para políticos. Os investigadores afirmam que um escritório de advocacia ligado ao ex-ministro recebeu mais de R$ 7,6 milhões de 2010 a 2015 em decorrência do esquema, de acordo com as autoridades.
"Qual o risco oferecia meu companheiro à ordem pública? Há mais de dois anos não ocupa nenhum cargo público. Não acharam nada. Foi terror a que foi submetida minha família. Ao longo do dia eu e meus filhos fomos submetidos a uma tortura moderna, com transmissão ao vivo", disse. "É uma tentativa de abalar senadores e senadoras que lutam para não se afastar presidenta eleita", disse ela.
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