Política
Para Serra, Bolívia e Equador podem aprender a fazer democracia com o Brasil
O ministro de Relações Exteriores, José Serra (PSDB), novamente defendeu o processo de impeachment que cassou o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no dia 31 (quarta-feira) de agosto. Em entrevista ao site El País, o tucano afirmou que o afastamento definitivo da ex-presidente foi justificado. “Houve uma transgressão, gastos não autorizados pelo orçamento. É um crime, e a Justiça deu respaldo”, declarou. [Leia mais...]
Foto: José Cruz/ Agência Brasil
O ministro de Relações Exteriores, José Serra (PSDB), novamente defendeu o processo de impeachment que cassou o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no dia 31 (quarta-feira) de agosto. Em entrevista ao site El País, o tucano afirmou que o afastamento definitivo da ex-presidente foi justificado. “Houve uma transgressão, gastos não autorizados pelo orçamento. É um crime, e a Justiça deu respaldo”, declarou.
Ainda na entrevista, o ministro salientou que as críticas de países bolivianários na verdade têm como propósito tirar o foco dos seus problemas internos. “Acredito que particularmente a Bolívia e o Equador poderiam aprender a fazer democracia com o que se passou no Brasil. E o da Venezuela é pura provocação. Considero que o regime venezuelano não merece nenhum respeito porque é um regime antidemocrático que desorganizou o país”, disse ele, desprezando as críticas.
Ao ser questionado sobre as manifestações que têm ocorrido em todo o país desde a última quarta, quando o afastamento de Dilma foi aprovado, Serra julgou serem “muito pequenas, quase nada. Cinquenta, cem pessoas. Fazem muito barulho, chamam a atenção, mas não são praticamente nada”.
A resposta do ministro foi similar a do presidente Michel Temer (PMDB), que afirmou que os protestos não passavam de "grupos mínimos". “Não tenho numericamente, mas são 40, 50, 100 pessoas, nada mais do que isso. Agora, no conjunto de 204 milhões de brasileiros, acho que isso é inexpressivo", declarou o peemedebista, que caracterizou ainda as manifestações como “movimentos depredatórios”.
Em São Paulo, é estimado que cerca de 100 mil pessoas tenham se organizado na Paulista em ato contra o presidente e pedindo “diretas já”.
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