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MK fala sobre "Síndrome de Maria Antonieta" e prisão de ex-governadores do Rio

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MK fala sobre "Síndrome de Maria Antonieta" e prisão de ex-governadores do Rio

Mário Kertész comentou na manhã desta quinta-feira (17) a prisão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, o depoimento da mulher do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, Cláudia Cruz, ao juiz Sérgio Moro, além do orçamento de meio bilhão de reais da Assembleia Legislativa da Bahia para 2017, assunto que é capa do Jornal da Metrópole desta semana. [Leia mais...]

MK fala sobre "Síndrome de Maria Antonieta" e prisão de ex-governadores do Rio

Foto: Tácio Moreira/ Metropress

Por: Matheus Morais no dia 17 de novembro de 2016 às 11:25

Atualizado: no dia 17 de novembro de 2016 às 11:28

Mário Kertész comentou na manhã desta quinta-feira (17) a prisão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, o depoimento da mulher do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, Cláudia Cruz, ao juiz Sérgio Moro, além do orçamento de meio bilhão de reais da Assembleia Legislativa da Bahia para 2017, assunto que é capa do Jornal da Metrópole desta semana. Segundo MK, as prisões de Cabral e do também ex-governador do Rio Anthony Garotinho, provam que o estado anda mal há muito tempo. 

"Sérgio Cabral foi preso, foram reveladas ligações dele com a Cavendish, a reforma do Maracanã. Ontem foi a prisão de Garotinho, o que prova que o Rio anda mal há muito tempo. Isso prova que o Brasil está vivendo um momento diferente. Eu acho que isso que está acontecendo é uma coisa extremamente boa e importante para o Brasil. A invasão da Câmara dos Deputados é de uma gravidade enorme. Aparece um grupo de 100 pessoas, no máximo, dizendo que quer acabar a volta do regime militar e o fim dos comunistas no Brasil. Comunistas no Brasil? Comunistas no mundo está difícil, imagine no Brasil. Vai ver que eles querem que o ditador seja [Jair] Bolsonaro", pontuou. 

Sobre o depoimento de Cláudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, MK foi direto e disse que isso faz parte da "Síndrome de Maria Antonieta", vivida pelos políticos atualmente: "A mulher de Eduardo Cunha disse que não sabia que o marido tinha contas no exterior. Ela gastou mais de um milhão de dólares comprando artigos de luxo, bolsas e sapatos. Essa conversa da mulher querer dizer, até por orientação dos advogados, que não sabia, pera aí, né? Não dá para fazer de conta que é verdade um negócio desses. Mas a gente está vendo com isso que o Brasil está mudando. Pode está mudando para melhor ou para pior. Isso mostra claramente que o país está numa situação que nossos políticos não podem estar com a  síndrome de Maria Antonieta", afirmou. 

"É o seguinte: a França vivia um momento de grande penúria, uma grande seca, uma dificuldade de produção agricola, dificuldades para comer. As manifestações foram até a porta do Palácio de Versalles, onde a corte de Luis XVI e Maria Antonieta viviam. Viviam como se tudo estivesse bem, o povo que se lasque, eles não queriam saber. Um dia, uma turma vai até a porta do palácio e começam a pedir pão. Maria Antonieta pergunta, por que não dão pão a eles? Porque não tem. Então, dê brioches, disse ela. Maria Antonieta e o marido dela acabaram guilhotinados", explicou. 

MK ainda criticou as atitudes dos políticos brasileiros num momento de crise. "Uma classe política como a nossa, que continua com todos os privilégios. O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, por exemplo, quer ser reeleito, embora a lei proíba. Pegou um avião e foi para o Azerbeijão, junto com ele foi também o deputado baiano José Carlos Aleluia. Era necessário? Quando você vê "Ramseis" [Marcelo Nilo, presidente da Assembleia Legislativa da Bahia] diz que quer ser reeleito. Agora vai ter meio bilhão de orçamento para o ano que vem. Você, meu amigo que está desempregado, você que está comendo o pão que o diabo amassou, está achando isso bom? Vocês acham que o povo vai aguentar isso calado o tempo todo?", questionou. 

Ouça o comentário na íntegra: