
Política
Cunha ocultou dinheiro no exterior durante toda sua vida pública, diz MPF
O Ministério Público Federal (MPF), em suas alegações finais, afirmou que o o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) “praticou crimes e manteve contas não declaradas no exterior, em total dissonância com as funções públicas que exercia". [Leia mais]

Foto: José Cruz/ Agência Brasil
O Ministério Público Federal (MPF), em suas alegações finais, afirmou que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) “praticou crimes e manteve contas não declaradas no exterior, em total dissonância com as funções públicas que exercia, razão pela qual era exigida especial conduta diversa mormente pelos cargos de relevância que exercia” durante toda a sua carreira pública.
As alegações foram apresentadas na ação movida contra Cunha na Lava Jato. O peemedebista é acusado de receber US$ 1,5 milhão em propinas na compra de áreas de exploração de petróleo na África pela Petrobras.
Além de deputado federal e presidente da Câmara, Cunha foi dirigente da companhia de saneamento básico do Rio (Cedae) e da Telerj, e também foi deputado estadual no Rio entre 2001 e 2002.
No texto, a Procuradoria-Geral da República acusa Cunha pela prática dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão fraudulenta de divisas. Além disso, os procuradores querem que ele seja condenado a reparar a União dos valores mantidos ilegalmente no exterior.
Para a PGR, Cunha chegou a “um nível extremo” de sofisticação na ocultação e dissimulação do patrimônio. O MP salientou ainda que, como presidência da Câmara, terceiro na linha sucessória da Presidência da República, não caberia tais desvios de conduta.
Procurada, a defesa de Cunha afirmou que apresentará suas alegações finais até dia 27 de março, último dia do prazo.
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