
Política
Requião faz avaliação negativa de Temer e classifica cenário como \'o pior possível\'
Apesar de ser do mesmo partido do presidente Michel Temer (PMDB), o senador Roberto Requião fez uma avaliação negativa do primeiro ano de gestão do peemedebista. Classificando o cenário como 'o pior possível', Requião se manifestou contra as medidas econômicas adotadas. [Leia mais...]

Foto: Reprodução/Agência Brasil
Apesar de ser do mesmo partido do presidente Michel Temer (PMDB), o senador Roberto Requião fez uma avaliação negativa do primeiro ano de gestão do peemedebista. Classificando o cenário como 'o pior possível', Requião se manifestou contra as medidas econômicas adotadas. 'Nem na Idade Média havia isso. Eu vejo ministro do trabalho propor isso [reformas da previdência e trabalhista] e juizes que têm salários maravilhosos, tem dois meses de férias. No Rio de Janeiro, os salários de juízes chegam a R$ 300 mil e eles proporem isso ao trabalhador, num momento de recessão, não sei o que estão pensando. Estão nos levando a um conflito social sem tamanho', disse em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole.
'A Prêvidencia é sustentável e vinha sendo superavitária. Mas quando você corta todos os investimentos, você provoca a paralisação da economia. Recessões como a nossa já existiram na década de 30. Na Alemanha, reduziram quase que para zero o dinheiro na rolagem da dívida alemã. Jogaram pra baixo a possibilidade de ganho e criaram uma moeda, que era uma taxa interna de retorno para quem investisse nas obras de infraestrutura. Nós estamos fazendo o contrário disso tudo', acrescentou.
O senador aproveitou para comentar as ações da Operação Lava Jato. 'Já fui fã, mas não posso ser fã de um abuso. Eu tenho uma satisfação quando eles pegam um [Sérgio] Cabral da vida, mas amanhã um promotor pode pedir uma prisão minha, uma condução coercitiva por causa dessa conversa que estamos tendo, porque estou expondo minhas ideias', disse.
'Não é um bom momento para o Brasil, temos que colocar um freio nos abusos porque eles contaminam. Os corruptos têm que ser condenados. Na pesquisa que nós fizemos, 80% da população não aceita abuso de autoridade. Esse projeto estava tramitando há mais de sete anos', completou.
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