Em Washington, Wagner diz que acha 'difícil' adiar tarifaço de Trump

Um dos integrantes da missão do Congresso Nacional enviada aos Estados Unidos para negociar uma eventual extensão dos prazos para o início do tarifaço imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump, aos importados brasileiros, o líder do governo Luiz Inácio Lula da Silba no Senador, Jaques Wagner, disse nesta segunda-feira (28) considerar muito difícil conseguir adiar o prazo para que tarifas de 50% entrem em vigor, a partir de 1º de agosto.

Wagner embarcou para Washington no domingo como parte de uma comitiva de oito senadores para tentar sensibilizar empresários e autoridades dos EUA sobre as negociações envolvendo a sobretaxa. Questionado sobre a possibilidade de estender o prazo, o senador da Bahia demonstrou pessimismo . "Eu acho que não. O que a gente está fazendo é a diplomacia parlamentar. É preciso que os governos se entendam. A gente está aqui para contribuir", afirmou.

A declaração ocorrreu logo após a chegada dos senadores brasileiros à sede da Embaixada do Brasil em Washington. A programação inclui uma conversa com a embaixadora do país, Maria Luiza Viotti. Ao mesmo tempo, os parlamentares também devem se reunir com integrantes Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

À tarde, Wagner e os demais senadores se reúnem com líderes empresariais na Câmara de Comércio dos EUA. A agenda do grupo, porém, não inclui representantes do governo Trump. A comitiva de senadores é presidida pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), e formada por oito senadores, sendo dois ex-ministros de Jair Bolsonaro: Tereza Cristina (Agricultura) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).

Na terça-feira (29), haverá encontros com senadores americanos, tanto republicanos como democratas. Já Na quarta (30), último dia da missão, a comitiva brasileira vai discutir a posição do Brasil junto a líderes do setor privado americano no Conselho das Américas.