Janot diz que Miller auxiliava J&F para acordo de leniência quando ainda era procurador
No pedido de prisão contra o ex-procurador Marcello Miller, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que ele atuou para auxiliar o grupo J&F, controlador da JBS, enquanto ainda atuava no Ministério Público Federal (MPF).[Leia mais...]
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Por Paloma Morais no dia 11 de Setembro de 2017 ⋅ 16:13
No pedido de prisão contra o ex-procurador Marcello Miller, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que ele atuou para auxiliar o grupo J&F, controlador da JBS, enquanto ainda atuava no Ministério Público Federal (MPF). O procurador-geral também pediu nessa mesma ação a prisão preventiva do empresário Joesley Batista e do diretor da J&F Ricardo Saud. Porém, o relator da Lava Jato no STF, o ministro Luiz Edson Fachin, aceitou o pedido para prender Joesley e Saud, na última sexta-feira (8), mas negou o de Miller. Segudndo Fachin, não há indícios suficientes de que ele foi "cooptado" por Joesley Batista e Ricardo Saud.
Janot afirmou que a partir de documentos apresentados pelo escritório Trench, Rossi e Watanabe, onde Miller começou a trabalhar em março, no acordo de leniência da J&F, foi constatado trocas de e-mails entre o então procurador da República e uma advogada da banca de advocacia sobre “marcações de voos para reuniões, referências a orientações à empresa J&F e inícios de tratativas em benefícios à mencionada empresa”.
Miller era procurador da República e trabalhou nas investigações da Lava-Jato entre 2014 e 2016. Ele deixou o cargo em abril deste ano, e foi para o escritório Trench, Rossi e Watanabe, representante do grupo JBS nas negociações de acordo de leniência.