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Temer e Geddel dividiram propina da Odebrecht, diz Funaro

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Temer e Geddel dividiram propina da Odebrecht, diz Funaro

O doleiro Lúcio Funaro afirmou em sua delação premiada que o presidente Michel Temer dividiu o dinheiro vindo de propina da Odebrecht com seu colega de partido e ex-homem forte de seu governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Nos depoimentos de sua colaboração, que já foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal, Funaro diz que buscou R$ 1 milhão em espécie, supostamente pagos pela empreiteira, no escritório do advogado e ex-deputado José Yunes, amigo de Temer. [Leia mais...]

Temer e Geddel dividiram propina da Odebrecht, diz Funaro

Foto: Marcos Corrêa/ Vice Presidência da República

Por: Laura Lorenzo no dia 13 de setembro de 2017 às 14:28

O doleiro Lúcio Funaro afirmou em sua delação premiada que o presidente Michel Temer dividiu o dinheiro vindo de propina da Odebrecht com seu colega de partido e ex-homem forte de seu governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Nos depoimentos de sua colaboração, que já foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal, Funaro diz que buscou R$ 1 milhão em espécie, supostamente pagos pela empreiteira, no escritório do advogado e ex-deputado José Yunes, amigo de Temer. Ele contou ainda que mandou a quantia para Geddel, na Bahia.

Os relatos narrados pelo doleiro corroboram com a versão apresentada pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Mello Filho em sua delação. Ele contou que negociou com Temer e seus aliados, entre eles o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), doações de caixa 2 para campanhas em 2014, no total de R$ 10 milhões. Ainda de acordo com seu relato, parte desse valor teria sido distribuída por meio de Yunes, apontado como um dos “operadores” do presidente. À Procuradoria-Geral da República (PGR), Yunes afirmou ter sido usado como “mula” de Padilha para a entrega de um pacote.

De acordo com Funaro, dirigentes da Odebrecht teriam usado o doleiro Álvaro Novis para fazer com que os valores destinados a Temer chegassem a Yunes e que, na ocasião, ele teria recebido um telefonema de Geddel pedindo que retirasse R$ 1 milhão, a ser entregue em Salvador. Geddel “informou que o dinheiro que iria retirar com José Yunes era referente a uma doação via caixa 2 da Odebrecht, acertada juntamente (com) Eliseu Padilha e Michel Temer”, diz parte da delação de Funaro.

“Estes valores eram de Michel Temer, o qual estava enviando uma parte do dinheiro arrecadado para Geddel”, completa o documento.