PMDB foi a favor de impeachment para tentar impedir a Lava Jato, diz Janot
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma na denúncia contra o presidente Michel Temer e integrantes do PMDB por formação de uma organização criminosa que a saída da base aliada da ex-presidente Dilma Rousseff teria relação com o desejo de impedir o avanço das operações Lava Jato. [Leia mais...]
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Por Laura Lorenzo no dia 14 de Setembro de 2017 ⋅ 19:50
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma na denúncia contra o presidente Michel Temer e integrantes do PMDB por formação de uma organização criminosa que a saída da base aliada da ex-presidente Dilma Rousseff teria relação com o desejo de impedir o avanço das operações Lava Jato.
“A crise dentro do núcleo político da organização criminosa aumentava à medida que a Operação Lava Jato avançava, desvendando novos nichos de atuação do grupo criminoso. Nesse cenário, os articuladores do PMDB do Senado Federal, em especial o Senador Romero Jucá, iniciaram uma série de tratativas para impedir que a Operação Lava Jato continuasse a avançaram. Como não lograram êxito em suas tratativas, em 29.03.2016, o PMDB decidiu deixar formalmente a base do governo e, em 17.04.2016, o pedido de abertura de impeachment da Presidente Dilma Rousseff foi aprovado pela Câmara dos Deputados”, diz Janot na denúncia encaminhada nesta quinta-feira (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com ele, as campanhas eleitorais de 2014 tiveram a maior arrecadação histórica de dinheiro repassado por empresas o que “certamente é fruto do vasto esquema criminoso montado nos mais diversos órgãos e empresas estatais”. Janot salientou ainda que o PMDB teve incremento, em 2014, de R$ 122,7 milhões em relação aos valores recebidos em 2010.