
Política
Delação da OAS atinge Lula, Aécio, Dilma, Serra e aliados de Temer, diz jornal
A delação premiada de oito executivos da empreiteira OAS chegou na última sexta-feira (16) ao Supremo Tribunal Federal (STF), protocolada pela Procuradoria-Geral da República. A empresa é uma das empreiteiras acusadas de desviar dinheiro de contratos da Petrobras para pagar propina a políticos. [Leia mais...]

Foto: Agência Brasil
A delação premiada de oito executivos da empreiteira OAS chegou na última sexta-feira (16) ao Supremo Tribunal Federal (STF), protocolada pela Procuradoria-Geral da República. A empresa é uma das empreiteiras acusadas de desviar dinheiro de contratos da Petrobras para pagar propina a políticos. Segundo informações do jornal O Globo, o material é extenso e tem conteúdo comprometedor para aliados do presidente Michel Temer, além de atingir os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Além deles, os tucanos José Serra e Aécio Neves também são citados.
O acordo do principal delator da OAS, Léo Pinheiro, não faz parte desse pacote enviado ao Supremo. Também não foram enviados os documentos de dois acionistas que controlam o grupo, César Mata Pires Filho e Antonio Carlos Mata Pires, segundo a Folha apurou.
O relator da Lava-Jato no STF, ministro Edson Fachin, ainda vai decidir se homologa ou não a colaboração, enviada pelo procurador Rodrigo Janot. Não há previsão da divulgação do teor da colaboração, que está em segredo de justiça. Entre os delatores cujos nomes estão em sigilo não está o ex-presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro. Ele está preso por ordem do juiz Sergio Moro, que conduz julgamentos da Lava-Jato na primeira instância. Os depoimentos prestados por ele ao Ministério Público Federal (MPF) ainda são aguardados no STF para os próximos dias.
A delação da empresa é considerada comprometedora para o ex-presidente Lula. Pinheiro disse em depoimento ao juiz Sergio Moro, num gesto para que seu acordo de delação fosse aceito, que o tríplex de Guarujá (SP) era para o ex-presidente e que os recursos gastos na obra, orçados em cerca de R$ 2 milhões, saíram de um centro de custo que contabilizava propinas pagas em contratos com a Petrobras.
Há nas delações de integrantes da cúpula da OAS uma série de acusações contra Serra e Aécio. Pinheiro relata que o senador mineiro formou um cartel para as obras da Cidade Administrativa, instalações do governo mineiro que ele construiu.
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