PGR vê indícios de ligação de Lúcio em dinheiro atribuído a Geddel

A Procuradoria-Geral da República apontou indícios do envolvimento do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) no \"recolhimento e guarda\" da fortuna de R$ 51 milhões em dinheiro vivo encontrada em um apartamento no bairro da Graça, em Salvador, no mês passado. O caso foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e autorizado pelo ministro Luiz Edson Fachin.

Segundo a PGR, o envio para a Suprema Corte se deu após investigadores encontrarem indícios de que o secretário parlamentar de Lúcio, Job Ribeiro Brandão, teria ajudado a movimentar a quantia para o apartamento. Ele também é investigado porque a PF identificou fragmentos de digitais dele no \"bunker\" ligado ao irmão do deputado, Geddel Vieira Lima.

As medidas cautelares foram solicitadas pela procuradora-geral Raquel Dodge, \"após as investigações iniciadas na primeira instância, no âmbito da Operação Cui Bono, terem sido enviadas ao Supremo Tribunal Federal, na parte referente às investigações do crime de lavagem de dinheiro\".

A PF fez buscas nesta segunda-feira (16) em quatro endereços ligados a Lúcio e ao secretário Job Ribeiro Brandão. A PF apreendeu documentos e mídias em Brasília e Salvador.