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"Primeira vez que sentei para falar a verdade, fui preso", diz Saud em CPMI da JBS

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"Primeira vez que sentei para falar a verdade, fui preso", diz Saud em CPMI da JBS

Apesar de ter decidido ficar em silêncio, o ex-diretor de relações institucionais do grupo J&F e delator Ricardo Saud, afirmou durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS que a primeira vez que "sentou para falar a verdade" foi preso. Ele alegou que não prestará depoimento porque seu acordo de delação está suspenso. Ainda conforme Saud, muito será dito quando seu acordo for revalidado. [Leia mais...]

"Primeira vez que sentei para falar a verdade, fui preso", diz Saud em CPMI da JBS

Foto: Reprodução

Por: Paloma Morais no dia 31 de outubro de 2017 às 19:56

Apesar de ter decidido ficar em silêncio, o ex-diretor de relações institucionais do grupo J&F e delator Ricardo Saud, afirmou durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS que a primeira vez que "sentou para falar a verdade" foi preso. Ele alegou que não prestará depoimento porque seu acordo de delação está suspenso. Ainda conforme Saud, muito será dito quando seu acordo for revalidado. 

Mesmo com a decisão de ficar caaldo, Saud teve que acompanhar o restante da sessão, que durou mais de 2h e meia, e ouvir as perguntas. Ao ser questionado de sua importância para esclarecer fatos, ele respondeu: "As palavras do senhor, que eu quero ajudar o país, eu quero, mas a primeira vez que eu sentei para falar a verdade eu fui preso. Já pensou se eu continuar falando? Então eu vou ficar calado", disse. "Eu não me escondo atrás de nada. Quando for falar, quero a imprensa esteja também. Quando minhas premissas forem restabelecidas [do acordo de delação premiada], eu quero falar e muito", acrescentou.

Saud está detido no presídio da Papuda (DF) desde o início de setembro, sob suspeita de ter mentido e omitido informações na colaboração premida. O interrogatório teve como alvo principal o ministro Edson Fachin, relator da delação da JBS no Supremo Tribunal Federal. As perguntas foram referentes ao relacionamento de Saud com o ministro, como uma possível ajuda do executivo na campanha para Fachin ser nomeado para o Supremo.