Política
Documentos mostram que coronel intermediava repasses ilícitos a Temer nos anos 1990
O documento incluído agora é um complemento de outra planilha que integrava o inquérito 3105, sobre irregularidades no porto de Santos
Foto: Marcos Corrêa/PR/FotosPúblicas
Uma série de documentos juntados ao Inquérito dos Portos, que investiga Michel Temer (MDB) e empresas do setor, indica que supostos pagamentos indevidos na década de 1990 foram intermediados pela Argeplan, empresa do coronel João Batista de Lima Filho, amigo pessoal do presidente, também arrolado na apuração.
De acordo com o G1, o inquérito apura se o emedebista editou, em troca de propina, um decreto com o objetivo de favorecer empresas do setor portuário, entre as quais a Rodrimar e o grupo Libra.
Ambas têm terminais no porto de Santos, o maior do país. O governo tem dito que o decreto não foi editado com tal finalidade e Temer nega ter recebido vantagem indevida.
O documento incluído agora, segundo a PF, é um complemento de outra planilha que integrava o inquérito 3105, sobre irregularidades no terminal, que foi arquivado em 2011 pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF.
A tabela relacionava pagamentos a "MT", que seria Michel Temer, a "MA", que seria Marcelo Azeredo, indicado por Temer para comandar a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) – estatal que administra o Porto de Santos –, e a "L", que seria o coronel Lima.
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