Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Sábado, 27 de abril de 2024

Home

/

Notícias

/

Política

/

Banqueiro é preso no Rio em operação da Lava Jato

Política

Banqueiro é preso no Rio em operação da Lava Jato

Segundo as investigações da operação no Rio, ele teria pago R$ 3,12 milhões de propina ao grupo do ex-governador Sérgio Cabral

Banqueiro é preso no Rio em operação da Lava Jato

Foto: Reprodução / TV Globo

Por: Alexandre Galvão no dia 16 de agosto de 2018 às 10:00

Agentes da Polícia Federal prenderam hoje (16) o banqueiro Edson Menezes. Ele é ex-superintendente do Banco Prosper e ex-presidente da Bolsa de Valores.

Conhecido como "Grande", ele é investigado pelo pagamento de propina para a contratação do Prosper no processo de leilão do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Berj).

Segundo as investigações da Lava-Jato no Rio, ele teria pago R$ 3,12 milhões de propina ao grupo do ex-governador Sérgio Cabral. Parte foi feita em dólares, em espécie, e o restante em garrafas de vinho que, segundo o Ministério Público Federal, valem mais de mil dólares no mercado internacional. O repasse foi feito por meio da Remop Investments, uma das off-shores de Menezes.

O banqueiro foi preso no apartamento dele no Leblon, Zona Sul do Rio. Os policiais vão também a outros seis endereços ligados ao ex-superintendente da Prosper.

Em 2006, o governo do Rio contratou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para uma consultoria para avaliar o preço mínimo do Berj. Em 2010, o edital de leilão do banco previu um pagamento de 3%, R$ 3,12 milhões, sobre o total alcançado na venda para o pagamento da consultoria independente.

De acordo com os procuradores da República, tais elementos confirmam o depoimento de um dos delatores da Lava-Jato de que Sérgio Cabral condicionou o leilão do Berj à contratação do Prosper.