Política
Banqueiro é preso no Rio em operação da Lava Jato
Segundo as investigações da operação no Rio, ele teria pago R$ 3,12 milhões de propina ao grupo do ex-governador Sérgio Cabral
Foto: Reprodução / TV Globo
Agentes da Polícia Federal prenderam hoje (16) o banqueiro Edson Menezes. Ele é ex-superintendente do Banco Prosper e ex-presidente da Bolsa de Valores.
Conhecido como "Grande", ele é investigado pelo pagamento de propina para a contratação do Prosper no processo de leilão do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Berj).
Segundo as investigações da Lava-Jato no Rio, ele teria pago R$ 3,12 milhões de propina ao grupo do ex-governador Sérgio Cabral. Parte foi feita em dólares, em espécie, e o restante em garrafas de vinho que, segundo o Ministério Público Federal, valem mais de mil dólares no mercado internacional. O repasse foi feito por meio da Remop Investments, uma das off-shores de Menezes.
O banqueiro foi preso no apartamento dele no Leblon, Zona Sul do Rio. Os policiais vão também a outros seis endereços ligados ao ex-superintendente da Prosper.
Em 2006, o governo do Rio contratou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para uma consultoria para avaliar o preço mínimo do Berj. Em 2010, o edital de leilão do banco previu um pagamento de 3%, R$ 3,12 milhões, sobre o total alcançado na venda para o pagamento da consultoria independente.
De acordo com os procuradores da República, tais elementos confirmam o depoimento de um dos delatores da Lava-Jato de que Sérgio Cabral condicionou o leilão do Berj à contratação do Prosper.
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