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Domingo, 24 de março de 2024

Política

‘Pela aliança com Rui, seria ruim ficar com um pé em duas canoas’, diz Otto sobre não apoiar Alckmin

PSD nacional está na chapa do tucano, mas sigla na Bahia aguarda definição de candidatura de Lula

‘Pela aliança com Rui, seria ruim ficar com um pé em duas canoas’, diz Otto sobre não apoiar Alckmin

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Evilásio Júnior / Clara Rellstab no dia 29 de agosto de 2018 às 13:08

Apesar de o PSD nacional integrar o arco de aliança capitaneado pelo postulante tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, o presidente da sigla na Bahia, senador Otto Alencar, aguarda o desfecho sobre a liberação ou não da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para se posicionar em definitivo. A tendência é seguir o rumo do governador do Estado.

“Pela aliança com Rui Costa, seria ruim ficar com um pé em duas canoas. É até difícil no meu caso, porque o meu partido está com Alckmin, mas o [Gilberto] Kassab entendeu a minha posição. Eu tinha dado a minha palavra. […] Aqui na Bahia nós temos um grupo que tomou decisão de aguardar o desfecho do caso do presidente Lula. Teve aquela decisão da ONU, que foi encaminhada ao Itamaraty – na minha opinião tinha que se pronunciar a respeito. Até porque [o ministro das Relações Exteriores] Aloysio [Nunes] é tucano, então não acho que vá se manifestar”, considerou, em entrevista à Rádio Metrópole.

Otto voltou a criticar o posicionamento do Supremo Tribunal Federal diante da prisão do petista. “Eu não sou juiz, mas na história do Brasil os quatro últimos presidentes vivos – Sarney, Collor, FHC e Lula – Lula foi o único julgado em primeira instância. Não estou entrando no mérito do processo, não sou juiz, mas é um ex-presidente da República. Uma decisão do STF que, em 2006, tomou a decisão por maioria completamente absoluta que todo caso idêntico ao de Lula tinha que transitar por tudo. Essa é uma questão de insegurança jurídica de um órgão que deveria dar segurança jurídica ao Brasil. São dois pesos duas medidas. Esse órgão não pode dar a insegurança jurídica que dá ao Brasil nesse momento”, condenou o parlamentar.

Na avaliação de Otto, independentemente da situação de Lula, a eleição presidencial deve ser definida em dois turnos.