Política
Caixa 2 da CCR foi maior do que a empresa estima, diz delator
Com a informação, as ações da empresa na Bolsa de Valores já caíram mais de 1,15%
Foto: Marcelo Horn
Delator da Lava Jato, o empresário e operador financeiro Adir Assas afirmou que o caixa 2 destinado a políticos pela empresa CCR foi muito maior do que o volume inicialmente estimado pela companhia.
A CCR é uma empresa de concessão de rodovias, aeroportos e metrô, inclusive o de Salvador. Com a informação, as ações da empresa na Bolsa de Valores já caíram mais de 1,15%.
Assad afirmou que, dos cerca de R$ 46 milhões que recebeu da organização, 80% eram destinados a pagamentos ilícitos, segundo três profissionais que atuam na investigação ouvidos pela Folha. O porcentual corresponde a R$ 36,8 milhões.
A CCR havia estimado que os recursos usados para pagamentos a políticos era de R$ 17 milhões, o equivalente a 37% do total. O montante relatado por Assad é R$ 29 milhões a mais do que a projeção da concessionária.
A CCR negocia um acordo com o Ministério Público e mencionou que entregou recursos de caixa dois para três políticos do PSDB: o ex-governador e candidato à Presidência Geraldo Alckmin, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, e o senador José Serra. Todos negam ter recebido recursos ilícitos nas campanhas.
A empresa é proibida de fazer doações a políticos por ser concessionária de rodovias como o sistema Anhanguera-Bandeirantes, parte do Rodoanel e de linhas de metrô, como a 4-amarela, de São Paulo.
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