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‘Em 13 de dezembro de 1968 baixaram as trevas’, lembra Zuenir Ventura sobre AI-5

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‘Em 13 de dezembro de 1968 baixaram as trevas’, lembra Zuenir Ventura sobre AI-5

Para ele, o AI-5 é uma “mancha que não deve ser apagar, pois não pode se repetir”. “Eu acho que não tem como voltar. As instituições estão fortes. Mas o preço da liberdade é a eterna vigilância”, advertiu

‘Em 13 de dezembro de 1968 baixaram as trevas’, lembra Zuenir Ventura sobre AI-5

Foto: Blog Estante Virtual

Por: Alexandre Galvão no dia 13 de dezembro de 2018 às 08:43

Jornalista e escritor do Livro “1968: o ano que não acabou”, Zuenir Ventura lembrou os acontecimentos no Brasil antes e após o decreto do Ato Institucional de nº 5, o AI-5. “Antes do dia 13 de dezembro de 1968, era uma efervescência cultural enorme. Claro que você vivia um golpe, mas foram dois golpes, o de 64 e o AI-5. Depois do dia 13 de dezembro baixaram as trevas. Foi um horror”, relembrou, em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole

Ventura lembrou ainda das palavras do general Costa e Silva, então presidente do Brasil. “Nem ele mesmo defendi. Disse que era uma ‘violências aos princípios’ dele. Mas ele foi pressionado pela linha dura. Ele e o vice-presidente se admiravam muito. O vice-presidente tinha uma solução constitucional que era a adoção de um Estado de Sítio”, afirmou. 

Para ele, o AI-5 é uma “mancha que não deve ser apagar, pois não pode se repetir”. “Eu acho que não tem como voltar. As instituições estão fortes. Mas o preço da liberdade é a eterna vigilância”, advertiu.