Política
Moro diz que Coaf não pode atrapalhar a aprovação da MP dos ministérios
Caso os senadores decidam manter o Coaf na Justiça, a MP terá que ser votada novamente na Câmara antes do dia 3 de junho, para não perder a validade
Foto: Alan Santos/PR
O ministro da Justiça, Sergio Moro, disse hoje (28) que é hora de pensar em alternativas para não prejudicar a Medida Provisória de reestruturação administrativa do governo. A declaração vem após a pasta sofrer uma derrota há uma semana depois da Câmara dos Deputados aprovar a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça para a pasta da Fazenda.
Durante um congresso sobre corrupção realizado em Lisboa, capital de Portugal, o ex-juiz federal reforçou a necessidade de apreciação do texto, que tem previsão de ser votado no Senado ainda hoje. Caso os senadores decidam manter o Coaf na Justiça, a MP terá que ser votada novamente na Câmara antes do dia 3 de junho, para não perder a validade.
"É um cálculo que será feito pela área política do governo, se insiste ou não insiste nesta questão do Coaf. Não se pode deixar perder toda a estrutura administrativa por causa do Coaf e vai ter que se trabalhar de outro jeito. É uma questão ainda em aberto, que será decidida pelo Congresso. Se for possível manter, ótimo. Se não for, paciência, faz parte do jogo democrático. Não somos ditadores nem temos a pretensão de ser", declarou Moro.
O ministro chegou a assinar uma carta de intenção para que os senadores votem o texto como está. A carta foi entregue durante café da manhã no Palácio da Alvorada com os chefes dos três poderes e também é assinada pelos ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni e da Economia, Paulo Guedes.
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