Janaina Paschoal sai em defesa de Moro sobre vazamentos: 'Não vejo ilicitude'

Questionada sobre a divulgação de conversas entre o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e membros da força-tarefa da Lava Jato, a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) saiu em defesa do ex-magistrado. Em entrevista hoje (27) à Rádio Metrópole, a parlamentar declarou que não vê material ilícito no conteúdo apresentado pelo jornal The Intercept Brasil.

"A invasão é criminosa, não tiro esse fator da análise. Na época mais movimentada da Lava Jato, havia vazamentos de colaborações. Eu lembro bem que o ministro Gilmar falar que era ilícito, que ia anular tudo, que não poderia considerar o que era dito. Eu escrevi para vários jornais sendo contrária ao ministro", disse a deputada. 

"Olhando a conversa, não vejo ilicitude. Esse diálogo é compatível com o momento histórico que estamos vivendo. Quando fiz direito era orientado a não ter contato nenhum com o juiz. Eu sempre fui conservadora, sempre quis manter um distanciamento. Hoje a gente vê o que? Ministro do STF fazendo confraternização, julgando caso em que parente é advogado. Tem até ministro do STF julgando ex-cliente e fazendo festa de aniversário para parte", acrescentou Paschoal.

A deputada ainda ponderou que o ministro da Justiça não atuou com parcialidade quando exerceu a magistratura e o comparou a ministros do Supremo. "O ministro Moro não é suspeito. Se Gilmar não é, se Toffoli não é, como Moro é? Temos que estabelecer critérios, não pode valer para A e não para B", afirmou Janaina.