
Política
No Japão, Bolsonaro exibe compra de R$ 5,5 mil em bijuteria e talheres para defender extração de nióbio
"Ninguém tem reação alérgica a nióbio. Alguns têm a ouro. Às vezes a mãe põe um brinquinho na orelha da menina. Menina, para deixar bem claro. E tem reação", disse, em transmissão ao vivo no Facebook

Foto: Reprodução / Facebook
Durante sua transmissão ao vivo semanal no Facebook, feita diretamente de Osaka, no Japão, onde participa da cúpula do G20, o presidente Jair Bolsonaro exibiu aos espectadores produtos feitos de nióbio e comprados por sua equipe no país asiático. A extração do metal no Brasil é defendida por Bolsonaro desde a campanha eleitoral de 2018.
Na noite de ontem (27), Bolsonaro mostrou uma bijuteria, um pingente e talheres cujos valores, de ao todo US$ 1.450 (R$ 5,5 mil), segundo ele, indicam uma oportunidade para a economia brasileira devido ao custo-benefício.
Ele lembrou ter afirmado, durante a campanha presidencial, que o Japão aplicava nióbio em bijuterias, e decidiu mostrar um cordão azul comprado no país como exemplo do potencial de utilidade do metal. "Temos aqui um pequeno cordãozinho. Ele é azul, mas tem de várias cores, de acordo com a têmpera do nióbio. A vantagem disso, em relação ao ouro, primeiro são as cores, que variam, e ninguém tem reação alérgica a nióbio. Alguns têm a ouro. Às vezes a mãe põe um brinquinho na orelha da menina. Menina, para deixar bem claro. E tem reação. Disso aqui, não tem [reação]", disse.
Segundo Bolsonaro, o cordão azul de nióbio custa US$ 1 mil, o equivalente a R$ 3,8 mil, na cotação atual. Caso fosse de ouro, sustentou o presidente, a mesma peça valeria cerca de R$ 3 mil no Brasil.
Na mesma transmissão, Bolsonaro ainda mostrou um garfo e uma colher banhados a nióbio que custaram, segundo ele, US$ 150 cada (na cotação atual, R$ 573), e um pingente de nióbio que serviria para "colocar no telefone", também de US$ 150. A exibição do material rendeu memes e piadas na internet.
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