Ysani Kalapalo, "índia de Bolsonaro", costumava apresentar ideias de esquerda

A autoproclamada "indígena do século XXI", Ysani Kalapalo, que ganhou destaque ao ser integrante da comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para a Assembleia Geral da ONU, costumava simpatizar com ideias de esquerda e admirava Jean Wyllys.

Kalapalo falava bem de feminismo, LGBTs e sexualidade "moderna" nas aldeias, e reclamava da catequização dos povos. Em um evento de 2013, promovido pelo então deputado federal Jean Wyllys (PSOL), ela declarou acompanhar  "a luta dele há muito tempo, desde a época do programa Big Brother". "O que eu vou falar hoje é da luta dos povos indígenas, que também se compara muito à luta dos homossexuais", disse a jovem ao iniciar seu discurso. Segundo o povo kalapalo, no Alto Xingu (MT), Ysani começou a apresentar ideias de direita durante a campanha de Bolsonaro.

Recentemente, a youtuber protagonizou um vídeo de dois minutos e meio na página do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, legendado em inglês, em que defende o governo. "Existe muito fake news dizendo sobre as queimadas. Estão dizendo que é culpa do governo Bolsonaro, que ele entrou e está queimando todo o Xingu. Não existe isso daí. A nossa cultura é fazer roça pra plantar mandioca e pra plantar outras coisas. Isso faz parte da nossa cultura, não é porque entrou um novo governo e ele tá queimando tudo. Nessa época de ano, essa época quente, sempre houve queimadas pra queimar roça. Isso faz parte, é normal. Isso é tudo exagero que a mídia está fazendo, não é culpa do governo", afirma.