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Lava Jato mira movimentação financeira de empresa contratada para obras da Torre Pituba

Política

Lava Jato mira movimentação financeira de empresa contratada para obras da Torre Pituba

Mendes Pintos Engenharia venceu licitação para gerenciar a obra por R$ 69 milhões, porém depoimentos e indícios coletados apontam que se tratava de contrato de fachada

Lava Jato mira movimentação financeira de empresa contratada para obras da Torre Pituba

Foto: Reprodução/ Google Street View

Por: Juliana Almirante no dia 15 de janeiro de 2020 às 10:21

A força-tarefa da Lava Jato no Paraná rastreia o fluxo financeiro da Mendes Pinto Engenharia, empresa com sede em Minas Gerais, suspeita de operar propina referente à construção da Torre Pituba. O empreendimento abrigava, até outubro de 2018, a sede da Petrobras no estado.

De acordo com a coluna Satélite, do Correio, o interesse do Ministério Público Federal (MPF) sobre a Mendes Pinto aumentou, depois das delações firmadas por três alvos da Operação Sem Fundos, 56ª fase da Lava Jato, deflagrada em novembro do ano passado.

Um dos delatores é o herdeiro da empreiteira, Marcos Felipe Mendes Pinto. De acordo com o MPF, ele era responsável por parte dos repasses encaminhados a petistas baianos e dirigentes do fundo de pensão da estatal (Petros), que bancou a construção. 

Marcos Felipe revelou ao MPF detalhes sobre a distribuição de valores, a partir de 2010, e também os nomes de supostos emissários. 

A Mendes Pintos Engenharia venceu a licitação para gerenciar a obra por R$ 69 milhões, porém depoimentos e indícios coletados pela Lava Jato apontam que se tratava de um contrato de fachada. 

Segundo documentos divulgados ontem pelo site O Antagonista, os delatores confirmaram ao MPF que 10% do contrato foi dividido de forma igualitária entre o PT da Bahia, o comitê nacional do partido e dirigentes da Petrobras e do fundo de pensão da estatal.