Roberto Alvim afirma que imitação de ministro nazista foi ‘coincidência retórica’
Discurso do secretário já motivou um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para que ele deixe o posto
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Por Juliana Almirante no dia 17 de Janeiro de 2020 ⋅ 10:40
O secretário especial da Cultura do governo de Jair Bolsonaro (Sem partido), o diretor de teatro Roberto Alvim, fez uma publicação hoje (17) nas redes sociais para tentar explicar o discurso feito por ele ontem (16) à noite, em que citou trechos de uma fala do ministro da Propaganda de Hitler, Joseph Goebbels. A fala serviu para anunciar a liberação de R$ 20 milhões para o Prêmio Nacional das Artes.
“O que a esquerda está fazendo é uma falácia de associação remota: com uma coincidência retórica em UMA frase sobre nacionalismo em arte, estão tentando desacreditar todo o PRÊMIO NACIONAL DAS ARTES, que vai redefinir a Cultura brasileira…é típico dessa corja”, disse ele.
O discurso de Alvim já motivou um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para que ele deixe o posto.
Depois da publicação nas redes sociais, em entrevista à Rádio Gaúcha, Roberto Alvim afirmou que a coincidência teria sido resultante de uma pesquisa no Google.
Na versão dele, as frases que remetem a Goebbels foram colocadas em sua mesa pelos assessores que se dedicaram à pesquisa. Segundo Roberto, a ideia original era buscar no Google discursos sobre o tema "nacionalismo em arte".
Ele disse que redigiu 90% do pronunciamento, mas não se responsabilizou pelas frases copiadas de um dos textos do ministro da Alemanha nazista.
O secretário classificou o episódio como uma “casca de banana” e disse que não poderia se desculpar por algo que não fez “deliberadamente”.