Política
Roberto Alvim afirma que imitação de ministro nazista foi ‘coincidência retórica’
Discurso do secretário já motivou um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para que ele deixe o posto
Foto: Clara Angeleas/Secretaria Especial da Cultura
O secretário especial da Cultura do governo de Jair Bolsonaro (Sem partido), o diretor de teatro Roberto Alvim, fez uma publicação hoje (17) nas redes sociais para tentar explicar o discurso feito por ele ontem (16) à noite, em que citou trechos de uma fala do ministro da Propaganda de Hitler, Joseph Goebbels. A fala serviu para anunciar a liberação de R$ 20 milhões para o Prêmio Nacional das Artes.
“O que a esquerda está fazendo é uma falácia de associação remota: com uma coincidência retórica em UMA frase sobre nacionalismo em arte, estão tentando desacreditar todo o PRÊMIO NACIONAL DAS ARTES, que vai redefinir a Cultura brasileira…é típico dessa corja”, disse ele.
O discurso de Alvim já motivou um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para que ele deixe o posto.
Depois da publicação nas redes sociais, em entrevista à Rádio Gaúcha, Roberto Alvim afirmou que a coincidência teria sido resultante de uma pesquisa no Google.
Na versão dele, as frases que remetem a Goebbels foram colocadas em sua mesa pelos assessores que se dedicaram à pesquisa. Segundo Roberto, a ideia original era buscar no Google discursos sobre o tema "nacionalismo em arte".
Ele disse que redigiu 90% do pronunciamento, mas não se responsabilizou pelas frases copiadas de um dos textos do ministro da Alemanha nazista.
O secretário classificou o episódio como uma “casca de banana” e disse que não poderia se desculpar por algo que não fez “deliberadamente”.
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