
Política
Eliane Catanhêde comenta boato de saída de Mandetta e suposto novo ministro
Presidente anunciou que deve conceder a qualquer momento um pronunciamento, sem detalhar o assunto

Foto: Reprodução/ Estadão
A colunista do Estadão e comentarista da GloboNews Eliane Catanhêde comentou, em entrevista por telefone à Rádio Metrópole, de Brasília (DF), na manhã de hoje (25), os boatos sobre a saída do ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e de um novo nome para a pasta, o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.
O presidente anunciou que deve conceder a qualquer momento um pronunciamento, sem detalhar o assunto.
"Há boataria de forte possibilidade de saída do ministro Luiz Henrique Mandetta, da Saúde, que tem sido muito elogiado. Quanto mais a população critica Bolsonaro, mais elogia Mandetta e a gente sabe que a personalidade do presidente Bolsonaro não suporta bem as pessoas que são elogiadas. Quando as pessoas são aplaudidas e elogiadas, em vez de ele achar bom, ele reage mal. Foi assim, por exemplo, com Sérgio Moro e, em algum momento, Paulo Guedes e agora Mandetta", afirma.
Cantanhêde diz que o suposto novo titular da Saúde Antônio Barra Torres é medico e contra-almirante da Marinha.
"É amigo do presidente e frequenta o Palácio do Alvorada. Conversa muito com o presidente, mais do que Mandetta. Ele não apenas estava ao lado do presidente (nas manifestações do dia 15), quanto depois, na primeira coletiva, ele foi o segundo a falar depois de Bolsonaro. Falou Bolsonaro, falou Guedes e em seguida falou Barra Torres. Todo mundo ficou: 'por que é uma coletiva de ministros e o presidente da Anvisa, que não é ministro, está ali falando em uma posição destacada?", diz ela.
A colunista conta ter conversado com ele na semana passada sobre o eventual uso da hidroxicloroquina contra a Covid-19.
"Falei com ele na semana passada sobre cloriquina, uma substância que está todo mundo com grande expectativa que possa combater e ser remédio contra a Covid-19. O que ele me diz é diferente do que Bolsonaro, que diz que já estaria em testes e já poderia ter uma boa notícia. Ele (Barra Torres) me disse o contrário, que ainda é muito embrionária a pesquisa. Ele fez um apelo para que as pessoas não corressem para a farmácia para comprar. Ele disse que a pesquisa (que indica o remédio) era embrionária, que pode fazer mal a quem toma sem prescrição médica e que se todo mundo correr para comprar, vai faltar para quem precisa, pacientes de lúpus, malária e outras doenças", relatou.
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